PESQUISAS

EM ANDAMENTO

  • Support for capital punishment in Latin America
    Responsável: Cleber da Silva Lopes (UEL) / Hassan Tajalli (Texas State University) / William DeSoto (Texas State University)
    Situação: em andamento (2020-2023);
    Financiador:
    Descrição:  The aim of this project is to analyze the determinants of support for the death penalty in Latin America and its consequences on security policies. Much research has accumulated about this issue in the USA. However, this question has received less attention in other national contexts. We will assess both individual and contextual variables identified in the literature as important to explain support for the death penalty. Multilevel models will be estimated with data from the Americas Barometer (2018/19) and World Values Survey Wave 7 (2017/20) public opinion surveys. This investigation will help us better understand how citizens in Latin America view criminal offenders. We anticipate that Latin American countries that tend to have highly punitive citizens will also have poorer human rights records. The project is being conducted through a cooperation between researchers from Londrina State University/Brazil and Texas State University/USA.

    Quando a Polícia Militar vai à Escola: avaliação de impacto do programa “Escola Segura” na cidade de Londrina/PR
    Responsável: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: em andamento (2020-2023);
    Financiador:
    Descrição:  A violência escolar é um fenômeno mundial que afeta um número significativo de pessoas. Estudos indicam que ela é amplamente disseminada no Brasil, tendo se tornado objeto de fortes preocupações públicas e acadêmicas a partir do final da década de 1990. O problema da violência escolar tem levado à criação de uma variedade de iniciativas e programas de segurança pública voltados à sua prevenção, cujo impacto tem sido pouco avaliado no Brasil na comparação com a literatura internacional. Em maio de 2019 o governo do Paraná iniciou a implementação de um programa chamado Escola Segura, que contratou policiais militares da reserva para atuar permanentemente na prevenção da violência e de delitos dentro e no entorno das escolas da rede estadual de ensino. O objetivo desta pesquisa é avaliar o impacto do Escola Segura nas escolas de Londrina/PR por meio do método quase experimental das Diferenças em Diferenças. Duas hipóteses derivadas da literatura acadêmica serão avaliadas: a hipótese da efetividade, que sustenta que programas como o Escola Segura são capazes de diminuir a violência e os delitos dentro e nos arredores das escolas; e a hipótese da criminalização, que afirma que o emprego de policiais em escolas contribui para que desvios de conduta anteriormente tratados como problemas disciplinares no âmbito da comunidade escolar passem a ser tratados como problemas criminais no âmbito do sistema de justiça juvenil. Com essa avaliação espera-se contribuir tanto para a bibliografia acadêmica quanto para o debate público sobre a efetividade de políticas públicas de segurança voltadas à violência escolar.

    Redes que Protegem, Redes que Matam
    Responsável: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: em andamento (2019-2023);
    Financiador:
    Descrição:  A Análise de Redes Sociais (ARS) experimentou crescimento e diversificação temática no Brasil nos últimos 15 anos com estudos em áreas como governo e políticas públicas, sociedade civil, sociologia econômica, migração, estudos culturais, antropologia e ciência da informação. Todavia, esse paradigma explicativo ainda é incipiente. Na área de estudos sobre violência, crime e segurança a ARS tem sido praticamente ignorada. Este projeto inicia um programa de investigação sistemática dentro das Ciências Sociais brasileiras utilizando ARS para entender redes claras (bright networks) de provisão de segurança e redes escuras (dark networks) de homicídios cometidos por gangues. O trabalho realizará dois estudos de caso. O primeiro ocorrerá no Porto de Santos com o objetivo de entender as características da rede de segurança que atua nesse espaço, com especial atenção ao papel ocupado pelos atores estatais e não estatais dentro da rede. O segundo analisará as características da rede de homicídios cometidos por gangues de Cambé, Paraná, que entre 2004 e 2006 ocupou a segunda posição no ranking nacional de homicídios juvenis em municípios com mais de 70 mil habitantes. O objetivo deste estudo de caso é compreender o “efeito gangue” (Papachristos, 2009) sobre a dinâmica dos homicídios registrados na cidade na primeira metade da década de 2000.

  • Um estudo sobre juventudes, criminalização e estruturas de oportunidades na cidade de Londrina-PR
    Responsável: Franceline Priscila Gusmão (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: em andamento (2019-2023)
    Financiador: sem bolsa
    Descrição: Este estudo tem como objeto de análise as estruturas de oportunidades dos jovens pobres (15-29 anos) moradores das periferias da cidade de Londrina. O objetivo deste trabalho é analisar o modo pelo qual jovens acessam e movimentam seus canais de oportunidades a fim de descobrir se a ampliação de seus laços para além da vizinhança onde residem contribuem para distanciá-los do “mundo do crime” ou se as relações muito restritas à vizinhança contribuem para aproximá-los desta instância. Serão estudados jovens de diferentes regiões da cidade e frequentadores de diversas instituições – escolas públicas; uma instituição filantrópica de qualificação do trabalho; uma instituição de socioeducação; e os jovens apenados estudantes da Universidade Estadual de Londrina.

    Polícia de Elite: um estudo sobre a construção da imagem institucional da Polícia federal e posicionamento no campo de disputas simbólicas
    Responsável:  Carla Campos Avanzi (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: em andamento (2021-2024)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudo)
    Descrição: A Polícia Federal (PF) tem passado por um processo de fortalecimento institucional nos últimos 20 anos, além de protagonizar um relevante destaque midiático após o início da
    Operação Lava Jato 1 . Este estudo pretende investigar a construção da imagem institucional
    pela Polícia Federal, como uma estratégia nas disputas por poder no âmbito do Estado. Assim,
    pretende-se responder aos seguintes questionamentos: como é feita construção da imagem
    institucional da Polícia Federal pela própria instituição? Quais os aspectos diferenciadores da
    construção da imagem institucional da PF em relação aos campos organizacionais das demais
    instituições policiais? Como a deflagração da Operação Lava Jato em 2014 alterou a forma
    como a Polícia Federal passou a construir a sua imagem institucional? Neste sentido, a
    principal hipótese aventada nesta pesquisa é de que a construção da imagem institucional pela
    Polícia Federal ocorre no sentido de fortalecer a sua atuação no campo de justiça criminal,
    afastando-se do campo da segurança pública, bem como de um possível campo policial no
    Brasil, tendo na operação Lava Jato um momento de inflexão. Para atingir os fins almejados
    na pesquisa, os procedimentos metodológicos serão realizados em três etapas: inicialmente
    será feita a análise de documentos e informações disponibilizados pela instituição em seus
    canais formais e de comunicação, como relatórios anuais de gestão, coletivas de imprensa,
    conteúdos de mídias sociais e notícias publicadas no site oficial do órgão a partir de 2003.
    Para apreender os aspectos estratégicos da construção da imagem, serão realizadas entrevistas
    em profundidade com lideranças e profissionais de categorias específicas da PF. Por fim, os
    dados serão analisados por meio da análise de discurso.

    A ordem comunitária em Londrina/PR: um estudo sobre a governança da segurança e a eficácia coletiva de vizinhanças
    Responsável: Fabrício Silva Lima (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes  (UEL)
    Situação: em andamento (2023-2026)
    Financiador: sem bolsa
    Descrição: As vizinhanças são ricas em relações e em processos de governança não exercidos pelo
    Estado. O projeto propõe um estudo sobre a governança comunitária da segurança em
    vizinhanças de Londrina (PR). O objetivo geral é investigar como e por que atores participam
    das iniciativas para promover a segurança comunitária. Como escopo teórico, serão utilizadas
    a Teoria da Governança Nodal e da Teoria da Eficácia Coletiva (TEC). Busca-se testar as
    seguintes hipóteses: (i) se os projetos de segurança comunitária funcionam como nódulos
    comunitários, tal como previsto pela teoria da Governança Nodal, que conectam moradores
    entre si e com instituições; e (ii) se as iniciativas de segurança comunitária tendem a existir
    em bairros com vantagens socioeconômicas e estabilidade residencial, que geram condições
    propícias para a construção de confiança, cooperação e compartilhamento de expectativas
    sobre problemas e soluções de segurança. A pesquisa será operacionalizada por meio de
    entrevistas semiestruturadas e a aplicação de questionários do tipo survey para mensurar o
    nível de interação e de coesão social, tal como a real disposição no sentido de ações de
    controle social de prevenção/combate à criminalidade nessas áreas do João Turquino (Zona
    Oeste), Bela Suíça (Zona Sul) e Jardim Interlagos (Zona Leste) da cidade paranaense. Além
    disso, será feita uma análise de microdados do censo 2022, e do conteúdo das entrevistas e do
    material escrito por meio do software Atlasti, e o dados quantitativos serão analisados por
    meio do Programa Estatístico R.

    Segurança em áreas rurais no Norte do Paraná (PR): atores, percepções de ameaças e práticas de segurança
    Responsável: Luan Carlos Nalin (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes  (UEL)
    Situação: em andamento (2022-2025)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudos)
    Descrição: A literatura acadêmica nacional e internacional tem apontado para um déficit nos estudos sobre segurança e crime rural. Investigações deste fenômeno social no sul global têm sido mais negligenciadas quando comparadas com as realidades de países do hemisfério norte, como Estados Unidos. Esta pesquisa busca avançar nesse debate observando a realidade brasileira, com recorte empírico para o norte do Paraná (PR). O objetivo deste trabalho é analisar como diferentes atores sociais relatam ameaças à segurança em áreas rurais e como esses atores reagem a essas ameaças com práticas de segurança, bem como, como constroem relações entre si, sendo de maneira legal ou ilegal, para prover segurança no sul rural do Brasil. Quais ameaças à segurança rural são relatadas/narradas por diferentes atores sociais? Quais práticas de segurança são pleiteadas por eles em nome do controle e prevenção dessas ameaças? Quais relações são construídas entre diferentes atores sociais para governar a segurança contra ameaças em áreas rurais? Para responder as perguntas, a pesquisa é centrada numa coleta de dados qualitativos por meio de entrevistas semiestruturadas, concentrando-se em relatos de proprietários rurais, agentes de segurança pública e privada, empresários, políticos e membros de comunidades de povos tradicionais e originários. Documentos públicos como cartilhas sobre segurança rural, acórdãos que envolvem crimes e policiamento em áreas rurais e mídias jornalísticas sobre o tema, além de cursos de formação para segurança e policiamento rural serão fonte secundária de análise. Os dados serão avaliados qualitativamente, mediante análise de discurso, e em uma perspectiva que associa a sociologia e a criminologia.

  • Análise do processo de formulação do programa escola segura do Paraná
    Responsável: Amanda Caroline Bezerra de Melo (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: em andamento (2022-2023)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudo)
    Descrição: A pesquisa analisa o processo de formulação do Programa Escola Segura do Paraná. O
    objetivo geral é analisar o processo de formulação de política pública que culminou na criação
    do Programa Escola Segura. Utiliza-se como referencial teórico estudos nacionais e
    internacionais fundamentados a partir da proposta analítica do modelo do “Ciclo das Públicas
    Públicas”, elaborado por Ball e Bowe (1992) e do modelo dos “Múltiplos Fluxos” de John
    Kingdon (2006a; 2066b). Será realizado um estudo de natureza qualitativa, orientado pelo
    método de process tracing. A pesquisa documental ocorrerá em documentos oficiais e
    matérias da imprensa que tratam do contexto de criação do programa. Também serão
    realizadas entrevistas com os principais atores governamentais e não governamentais que
    participaram no processo de formação da agenda e definição das alternativas. Os dados
    coletados serão analisados por meio de análise de conteúdo, com foco na identificação dos
    mecanismos causais que explicam o resultado observado.

    Confiança da Polícia Militar dentro das Escolas: uma avaliação de efeito do programa escola segura
    Responsável: Giovana Siqueira de Carvalho (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: em andamento (2023-2024)
    Financiador: sem bolsa
    Descrição: Pesquisas sobre confiança na polícia têm se dedicado a compreender as origens e as
    causas da construção do sentimento de confiança na instituição policial. Dentre os fatores
    explicativos desse sentimento está a maneira como a polícia e os cidadãos se relacionam.
    Entretanto, pouco sabemos a respeito do modo como o sentimento de confiança pode ser
    construído dentro de políticas públicas específicas como aquelas que envolvem a presença de
    policiais em escolas. Este projeto visa contribuir para o preenchimento desta lacuna por meio
    de um estudo do efeito do Programa Escola Segura na confiança na Polícia Militar do Paraná.
    O Escola Segura foi criado em 2019 pelo Governo do Estado do Paraná para reduzir os casos
    de violência escolar através da alocação de policiais militares de reserva remunerada para o
    patrulhamento das escolas e do seu entorno. O objetivo da pesquisa é saber se a presença de
    policiais militares na escola impacta os níveis de confiança que estudantes e professores de
    duas escolas da zona leste de Londrina – uma que possui o programa e outra que não o aderiu
    – depositam na Polícia Militar do Paraná, a partir de dados coletados em um survey realizado
    em 2019 na cidade de Londrina. A hipótese a ser testada é a de que a presença de policiais nas
    escolas tem um efeito positivo nos níveis de confiança da PM/PR. O projeto utilizará um
    desenho de pesquisa quase experimental (Diferenças em Diferenças (DD)) para avaliar, por
    meio de regressão, a hipótese de pesquisa. Os resultados serão qualificados por meio de dados
    qualitativos resultantes de entrevistas e de materiais oficiais sobre o Escola Segura.

    Correlações entre o envolvimento em atos infracionais e hábitos de consumo de substâncias psicoativas: um estudo com jovens do sistema socioeducativo do Paraná
    Responsável: Lucas Luan Gomes (UEL)
    Orientação:  Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: em andamento (2023-2024)
    Financiador: sem bolsa
    Descrição: No âmbito das pesquisas sobre a relação entre jovens privados de liberdade e o uso de
    substâncias psicoativas, verificam-se evidências concretas quanto à interligação entre essas
    dimensões. No entanto, há uma lacuna na pesquisa que demanda abordagens estatísticas para
    generalização dos resultados. Objetivando preencher essa lacuna, o foco desse estudo
    concentra-se nos padrões de consumo de substâncias psicoativas entre jovens envolvidos em
    atos infracionais análogos ao tráfico de drogas e ao roubo e furto. Buscaremos analisar se os
    hábitos de consumo, abrangendo aspectos como tipo, quantidade, frequência e idade que
    começou a consumir drogas, estão correlacionados aos padrões de envolvimento em atos
    infracionais. Para orientar nossa análise, estabelecemos a seguinte pergunta central: jovens
    envolvidos com o ato infracional análogo ao tráfico de drogas e ao roubo e furto têm padrões
    distintos de consumo de substâncias psicoativas? A hipótese a ser testada é que os jovens da
    categoria tráfico de drogas consumam maconha com maior frequência que cocaína em
    comparação com os jovens da categoria roubo e furto. Por meio de teste estatístico, os
    resultados dessa pesquisa poderão contribuir com pesquisas qualitativas que evidenciam essa
    correlação. Além disso, poderão fornecer subsídios para a proposição de políticas públicas
    mais de saúde mental e para execução de medidas socioeducativas mais assertivas para os
    grupos de adolescentes conforme a sua categoria de ato infracional. Para atingir o objetivo
    elencado, a pesquisa será feita com jovens atendidos pelo Sistema Socioeducativo
    Paranaense, com idades compreendidas entre 12 e 21 anos. Para isso, adotará uma abordagem
    quantitativa, baseada na análise dos dados integrados pelo programa Business Intelligence
    operado pelo Departamento Socioeducativo do Paraná. Esses dados são alimentados pelo
    Sistema Informatizado de Medidas Socioeducativas, prontuário online onde as Unidades de
    Internação e Semiliberdade do Estado do Paraná registram informações sobre os
    adolescentes, incluindo os dados sobre os hábitos de drogadição. Para o falseamento da
    hipótese, utilizar-se-á o teste do Qui-Quadrado com o intuito de avaliar se há associação ou
    independência entre as variáveis categóricas.

  • Segurança comunitária e participação política no Brasil
    Responsável: João Victor Figueiredo de Almeida (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: Em andamento (2023)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: A governança da segurança por atores civis é um fenômeno pouco estudado no
    Brasil, apesar de diversas formas de mobilização nesse sentido poderem ser
    encontradas em território nacional. No sentido de contribuir com a caracterização do
    fenômeno, articulamos o debate sobre participação política ao repertório da
    governança nodal, de forma a entender em que nível tais atores estão envolvidos
    nas modalidades de participação política e até que nível existem correlações entre
    os tipos de participação política indicados pela bibliografia e o engajamento
    comunitário em favor da segurança; para tanto, recobramos brevemente alguns
    tópicos e trabalhos das tradições mobilizadas e utilizamos as ferramentas
    estatísticas de análise fatorial para realizar empiricamente as relações propostas
    entre os fenômenos. Os resultados da análise empírica nos conduziram,
    primeiramente, a um arranjo das variáveis que reiteram a distinção entre formas
    convencionais e contestatórias de participação, apresentando um agrupamento
    particular em relação ao contato com políticos; além disso, não foi possível encontrar
    níveis significativos de correlação entre nenhuma das formas de participação
    encontradas e a governança comunitária da segurança. Os resultados mostram que
    o engajamento comunitário na governança da segurança está afastado em grande
    medida das instituições deliberativas formais e informais, ou seja, que ocorrem em
    sua maioria por vias não institucionais e independentes do poder público. Isso
    enseja a questão: se não são utilizadas ou mesmo buscadas as ferramentas
    institucionais para o governo da segurança comunitária, quais são as vias a partir
    das quais a segurança é governada na maioria dos casos em que tal engajamento
    ocorre? Acreditamos que este empreendimento pode fornecer pistas para
    investigações que nos permitam uma identificação e caracterização melhores desse
    fenômeno.

  • A governança da segurança no mundo virtual: o caso do aplicativo de relacionamentos
    Grindr.
    Responsável: Thiago Cesar Oliveira Kalil Modesto (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: Em andamento (2023-2024)
    Financiador: CNPq (bolsa de estudo)
    Descrição: Atualmente, nas sociedades contemporâneas, as comunicações e relações dentro do mundo virtual se tornaram mais presentes, e com isso, também surgiram crimes e desordens relacionadas a esse universo. Perfis falsos, golpes, venda de substâncias ilícitas, pedofilia e discurso de ódio são alguns dos problemas que podem ocorrer nos espaços virtuais. Em aplicativos de relacionamentos como o Grindr, por exemplo, já foram noticiados casos como o do psicopata José Soroka, que marcava encontros pelo aplicativo e assassinava suas vítimas. Apesar desta realidade, pouco sabemos sobre o modo como as empresas de tecnologia, especialmente as que têm como consumidores o público LGBTQIAP+, lidam com os problemas de segurança associados ao mundo virtual. Esta pesquisa busca entender como o aplicativo de relacionamento Grindr governa a segurança em seu ambiente virtual, definindo ameaças e buscando responder a elas. O estudo será realizado por meio de pesquisa documental associada à Análise de Conteúdo, bem como pelo Método The Walkthrought, que oferece um conjunto de técnicas analíticas para coletar e analisar dados de aplicativos móveis.

    Uma Análise da distribuição espacial de homicídios em Cambé
    Responsável: Wesley Gonçalves Freitas (UEL)
    Orientação:  Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: Em andamento (2022-2023)
    Financiador: Sem bolsa
    Descrição: O presente estudo busca ampliar o leque de pesquisas a respeito do crime e as suas possiveis causas, desta vez focando especificamente no crime de Homicídio dentro do contexto da cidade de Cambé no norte do Paraná. As variáveis necessárias serão feitas a partir dos dados do Censo do IBGE no ano de 2000, e irão servir de base para aplicar a Teoria da Desorganização Social(TDS) nos diferentes setores censitarios da cidade. O objetivo é entender até que ponto as condições sociais, econômicas, familiares e habitacionais dentro de um bairro implicam no surgimento, ou no agravamento da delinquencia e da criminalidade dos seus residentes. Para concluir, será realizada uma autocorrelação espacial entre as taxas de homicídio e as variaveis construidas ao longo de todo o território urbano da cidade, e assim iremos observar a efetividade da TDS.

ENCERRADAS

  • Os poderes da segurança privada
    Responsável: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: finalizada (2015-2018);
    Financiador: CNPq (edital universal)
    Descrição: Passamos parte das nossas vidas em espaços que são policiados por seguranças particulares – locais de trabalho e moradia, terminais de transporte, áreas de entretenimento, shopping centers, agências bancárias, etc. Conhecer as características dos poderes dos seguranças que policiam as nossas vidas é importante. O objetivo desta pesquisa foi analisar a origem, os fundamentos e os limites dos poderes que os seguranças possuem para questionar, usar força física, prender, obstruir entradas, expulsar e revistar cidadãos no Brasil.
    Resultados: consultar aqui

  • O Espetáculo da Segurança no Reino da Folia: os padrões de expressividade corporal, as redes de segurança e as práticas de policiamento de multidão no Carnaval de Salvador
    Responsável: Pedro de Oliveira (UFBA)
    Orientação: Eduardo Paes-Machado (UFBA)
    Situação: finalizada (2014-2019)
    Financiador: CNPq
    Descrição: O trabalho buscou compreender o papel das redes formais e informais de segurança e das práticas de policiamento na manutenção da ordem pública festiva na multidão do Carnaval de Salvador. A pesquisa demonstrou que a multidão carnavalesca não é um aglomerado desordenado ou informe de foliões. Ao contrário, trata-se de um agrupamento estruturado em função do aproveitamento das oportunidades festivas recreativas e predatórias. A manutenção da ordem pública não está restrita apenas às práticas de policiamento estatal de controle e gestão de multidão. Além das forças policiais, a preservação da ordem festiva é feita por redes plurais que incluem os foliões, os artistas e os vigilantes dos blocos. O estudo conclui que a ordem pública festiva da multidão carnavalesca é estabelecida pela supremacia dos foliões que buscam a fruição das oportunidades festivas.

    Violência na escola: estudo sobre vitimização e práticas de segurança em três colégios estaduais de salvador
    Responsável: Angela Cristina Guimarães Santos (UFBA).
    Orientação: Ceci Vilar Noronha e Eduardo Paes-Machado (UFBA)
    Situação: finalizada (2014-2018).
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: A presente pesquisa aborda as ações e as percepções dos estudantes em relação à violência entre pares, bem como as práticas de segurança implementadas pelos agentes da escola a fim de minimizar atos de violências intencionais. Para a saúde coletiva, as violências interpessoais, em diferentes âmbitos, constituem uma questão relevante na conformação do crítico quadro epidemiológico referente à morbidade e mortalidade por causas externas. O aporte teórico relativo à vitimização, governança nodal, e, em especial, as dimensões complexas dos projetos de segurança (Valverde, 2014) fundamentou este estudo. Essa investigação assumiu um caráter descritivo e analítico do tipo estudo de caso, abrangendo três colégios periféricos da capital. A coleta de dados se fez através da utilização da observação direta, entrevistas não estruturadas com os agentes escolares e aplicação de questionário com 631 alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental.
    Resultados: ver aqui

    Redes que Matam: um estudo sobre as estruturas dos homicídios de gangues no município de Campé/PR
    Responsável: Anderson Alexandre Ferreira (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: finalizada (2019-2023)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudo)
    Descrição: Esta pesquisa busca compreender as redes de homicídios no município de Cambé/PR, que a partir do ano de 2001 apresentou um crescimento considerável nos números do crime de homicídio. Por meio da metodologia da Análise de Redes Sociais (ARS), aglutinado à continuidade de estudos etnográficos já realizados, busca-se analisar e compreender os processos de socialização e de sociabilidade violenta de jovens organizados em grupos armados e entrelaçados em uma multiplicidade de conflitos e rivalidades cujo desfecho é a morte. O estudo sustenta a hipótese de que grande parte dos 357 homicídios registrados entre os anos de 2001-2006 é proveniente das chamadas “guerras de gangues”.

  • Vigilância Comunitária em Londrina: um estudo sobre o projeto vizinho solidário.
    Responsável: Fabricio Silva Lima (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2017-2019)
    Financiador: sem bolsa
    Descrição: Neighborhood watches são programas de vigilância comunitária implementados nos EUA na década de 70 e na Inglaterra na década seguinte. Nesses locais, os programas foram concebidos como projetos de iniciativa governamental visando diminuir os índices de criminalidade. Entretanto, os resultados desses programas suscitaram dúvidas quanto ao sucesso da vigilância de bairro. Há no brasil iniciativas de vigilância comunitária, que existem em londrina há mais de uma década com o nome de Vizinho Solidário. Devido à ausência de estudos sobre esse tema, esta pesquisa objetiva analisar a implantação e as características do programa Vizinho Solidário em Londrina. As principais perguntas a serem respondidas são: 1) houve alguma diferença na concepção do programa de vigilância comunitária em Londrina frente às experiências norte-americanas e inglesas? 2) quais são as mentalidades, tecnologias, recursos e estruturas institucionais envolvidas no programa existente em Londrina? Essas perguntas serão respondidas à luz do referencial teórica da governança nodal proposto por Clifford Shearing e colaboradores.

    A Dinâmica dos homicídios na região norte do município de Cambé/PR.
    Responsável: Anderson Alexandre Ferreira (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2016-2018)
    Financiador: Fundação Araucária (bolsa de estudo)
    Descrição: O intuito deste estudo é compreender a dinâmica de uma gama de homicídios registrados na Região Norte da cidade de Cambé, localizada no estado do Paraná. Sustentamos a hipótese de que a principal explicação para a elevada taxa de vitimização entre os jovens cambeenses são os conflitos que surgem entre as “bancas”, grupos de aproximadamente trinta jovens que se ligam a uma multiplicidade de contendas de origens variadas. A abordagem é de cunho etnográfico, viabilizada em grande medida pela proximidade do pesquisador com os eventos que objetivou compreender. Isso possibilitou o acesso aos participantes, diretos e indiretos dos confrontos aqui tratados, de forma que as entrevistas realizadas foram semiestruturadas e oferecem profundidade. Tendo em vista a necessidade de segmentar a exposição dos conflitos, primeiramente se discorrerá acerca dos homicídios que os antecederam (1991-2000); depois, seguir-se-á para o surgimento das divergências propriamente ditas entre as bancas (2001-2006); e, por último, tratar-se-á dos resultados das conflagrações (2008-2012). Na análise dos relatos, o fio condutor foi o homicídio, tanto o individual quanto o coletivo.

    A atuação política do setor de segurança privada no Brasil
    Responsável: Caio Cardoso de Moraes (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2016-2018)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudo)
    Descrição: O objetivo desta pesquisa é compreender os interesses e estratégias de representação de interesses do setor de segurança privada em relação à política regulatória brasileira. Quais os interesses do setor de segurança privada frente à política regulatória existente no Brasil? Quais são os temas e matérias para qual o lobby do setor de segurança privada mais se dirige? Em quais esferas institucionais esse setor atua? Como esses atores buscam representar seus interesses nessas esferas? Essas são as perguntas que o projeto busca responder.
    Resultados: ver aqui

    Os jovens e a criminalidade: uma análise da legitimidade atribuída por jovens ao mundo do crime
    Responsável: Franceline Priscila Gusmão (UEL).
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: finalizada (2015-2017)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: Esta pesquisa analisou os significados construídos pelos jovens em “conflito com a lei” sobre o “mundo do crime”, tendo como pano de fundo as interações sociais deles. O objetivo geral foi investigar o processo por meio do qual os jovens envolvidos no “mundo do crime” definem confiança, reconhecimento e aceitam as regras do que é considerado o “certo” por essa instância normativa.
    Resultados: ver aqui

    Governança da segurança no campo: um estudo comparativo das ações para controle do crime realizadas por pequenos e médios produtores rurais do município de Ibiporã/PR
    Responsável: Luan Carlos Nalin. (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2019-2021)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudo)
    Descrição: O objetivo desta pesquisa é investigar como é feita a governança da segurança de produtores rurais de pequeno e médio porte. Busca-se responder às seguintes questões: como o crime é vivenciado e prevenido entre produtores rurais? Quais são as mentalidades, tecnologias, instituições e práticas de segurança utilizadas na zona rural? Quais são as convergências e divergências das técnicas preventivas realizadas por pequenos e médios produtores? As perguntas serão respondidas por meio de análise de mídias jornalísticas dos anos de 2017 a 2019 e entrevistas com moradores e trabalhadores do campo do município de Ibiporã (PR).

    #SomosTodosPF: um estudo sobre a estratégia de comunicação da Polícia Federal nas mídias sociais e a construção da legitimidade policial
    Responsável: Carla Campos Avanzi (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2018-2020)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudo)
    Descrição: A Polícia Federal (PF) tem ganhado destaque nas operações de combate à corrupção no Brasil, paralelamente com o relevante crescimento de sua capacidade institucional nos últimos anos. Com isso, as mídias sociais do órgão se tornaram importantes instrumentos de comunicação direta com a população, um canal constantemente utilizado pela PF para a transmissão de notícias sobre as operações deflagradas e demais informações relacionadas às suas atividades. Muitas dessas publicações possuem o intuito de aumentar a legitimidade policial frente à população e frente aos demais órgãos estatais. Nas disputas que ocorrem no campo da segurança, a Polícia Federal mobiliza diversos dos seus capitais nas mídias sociais com o objetivo de reforçar o seu poder simbólico. Este estudo analisará as estratégias de comunicação utilizadas pela PF em suas mídias sociais, a fim de compreender um dos aspectos de construção de legitimidade pelas instituições policiais no Brasil. Pretende-se responder aos seguintes questionamentos: quais as estratégias utilizadas pela PF nas mídias sociais para construir e reforçar sua legitimidade? Com base na teoria bourdiesiana, quais capitais são mobilizados pela PF em suas mídias sociais com o intuito de aumentar seu poder simbólico? A divulgação de informações nas redes sociais é proporcional aos padrões de atividades realizadas pela PF? Para atingir os objetivos da pesquisa será realizado um levantamento das publicações das páginas oficiais da Polícia Federal nas mídias sociais Facebook, Instagram e Twitter dos últimos anos, bem como exame dos relatórios anuais de atividades da PF.

    Redes de governança da segurança: um estudo de caso sobre as redes organizacionais de controle do crime no Porto de Santos
    Responsável: Gabriel Antônio Cabeça Patriarca (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2018-2020)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudo)
    Descrição: A expansão do setor de segurança privada é uma das faces mais visíveis do que se compreende como uma pluralização do policiamento e como um deslocamento do governo para a governança da segurança. As abordagens teóricas sobre o tema têm enfatizado a importância cada vez maior do conceito de redes para a compreensão das relações entre os atores estatais e não estatais que realizam essa governança. O objetivo desta pesquisa é analisar as propriedades relacionais e estruturais das redes de governança da segurança por meio de um estudo de caso no principal complexo portuário da América Latina, o Porto de Santos. Considerando as organizações responsáveis pela autorização e/ou execução de tarefas de segurança no porto como os nós que compõem as redes, quais os atributos internos destes nós estatais e não estatais? De que modo se estabelecem e se caracterizam os vínculos entre estes nós e as dinâmicas internas destas redes? Como estas características interagem com os níveis micro e macro de suas estruturas, considerando os posicionamentos dos nós em seu interior e as propriedades destas redes como um todo? O trabalho busca responder essas questões e avaliar a hipótese de que de que as redes de segurança que atuam no Porto de Santos são ancoradas pelo Estado.

    A greve da Polícia Militar do Espirito Santo (2017): análise dos reflexos do movimento para a segurança pública
    Responsável: Herbert Bachett (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2018-2020)
    Financiador: CAPES (bolsa de estudo)
    Descrição: A greve da Policia Militar do Espírito Santo ocorrida em 2017 trouxe consigo o debate sobre a efetividade e a função da polícia na contenção dos crimes, no policiamento e na manutenção da ordem pública. O objetivo deste trabalho é analisar as consequências para a segurança pública local da mobilização coletiva da Polícia Militar do Espírito Santo. Tomando a greve como um experimento natural, busca-se responder às seguintes questões: como a ausência de policiamento público ostensivo afetou a segurança pública na região da grande Vitória? Quais os mecanismos causais que conectam a ausência de policiamento e a insegurança aparentemente gerada naquela conjuntura? A hipótese é que a greve representou uma experiência “hobbesiana” do papel central da polícia na manutenção da ordem pública tanto no no âmbito objetivo (ocorrências criminais) quanto no subjetivo (sensação de segurança).

  • As estratégias de atuação política da indústria de armas do Brasil: um estudo sobre lobby e financiamento de campanha eleitoral:
    Responsável: Graziele de Jesus Pestana (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2017-2018)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: O Brasil possui uma das mais importantes Indústrias de Armas do planeta, ocupando o 4º lugar no ranking mundial de exportações de produtos bélicos entre 2001 e 2012. Apesar disso, pouco se sabe sobre suas formas de atuação política. O objetivo deste trabalho é entender como a Indústria de Armas do Brasil atua através de duas organizações civis que representam seus interesses: a ANIAM e ABIMDE.

    A terceirização prisional pelo método APAC (Associação de Proteção aos Condenados):
    Responsável: Mayara Yuri Morelato (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes
    Situação: finalizado (2017-2018)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: O sistema penitenciário brasileiro é o terceiro maior do mundo em número de encarcerados – são mais de 720 mil. A maior parte dessa população prisional está em instituições geridas somente pelo poder público. Todavia, o Brasil possui perto de 100 estabelecimentos prisionais com algum tipo de terceirização penitenciária – parceria público-privada, cogestão e organização sem fins lucrativos. O objetivo desta trabalho é analisar as unidades geridas pela Associação de Proteção aos Condenados (Apac), enquadradas na categoria de organizações sem fins lucrativos. Serão analisadas as informações sobre as unidades de ressocialização no método Apac para destacar e distinguir o método Apac de custódia de indivíduos dos outros dois tipos de terceirização no setor prisional: cogestão e parceria público-privada.  Em seguida, os dados das unidades Apac serão analisados e comparados com os dados de unidades penitenciárias convencionais (público), cogestão e Parceria Público-Privada.

    O Leviatã e a extensão de seus tentáculos: uma revisão sobre a relação entre a formação e consolidação do Estado e a redução da violência e controle social
    Responsável: Herbert Bachett
    Orientação: Cleber da Silva Lopes
    Situação: Concluída (2017-2018)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: O objetivo geral deste trabalho é lançar luz sobre a relação causal entre o desenvolvimento e consolidação de um poder central e a redução da violência nas sociedades modernas por meio de uma análise bibliográfica sobre o tema. O trabalho revisa e mobiliza dois conjuntos de teorias – i. as teorias da formação do Estado, transição de uma sociedade rural e violenta à uma urbanizada e controlada e ii. os estudos sobre segurança pública e policiamento, mais precisamente contribuições sobre o impacto do policiamento estatal no controle da criminalidade. O objetivo especifico é demonstrar como se formou e consolidou o aparato estatal responsável pelo uso da coerção legítima e discutir as consequências desse processo para as relações sociais. A revisão bibliográfica indica que a relação entre Estado e redução da violência não é tão clara quanto pode parecer, sendo necessário novos esforços, principalmente empíricos, para uma compreensão mais profunda da relação entre Estado, seu aparato coercitivo e o controle social/redução da violência.

    Atores não estatais na governança da segurança marítima
    Responsável: Gabriel Antonio Cabeça Patriarca (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: Concluída (2017-2018)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: A prestação de serviços antipirataria marítima é um capítulo da literatura dedicada ao estudo das Empresas Militares e de Segurança Privada (EMSPs). Armadores, associações da indústria de transporte marítimo e agências especializadas de organizações internacionais, até recentemente, sustentavam posicionamentos contrários à proteção armada das embarcações civis, refletindo uma divisão de tarefas que resultou no desarmamento dessas embarcações e na responsabilidade estatal pela segurança no domínio marítimo há pelo menos um século e meio. Contudo, o ressurgimento da pirataria e do roubo armado contra navios promoveu a prestação de serviços de proteção armada por EMSPs e provocou mudanças nos posicionamentos anteriormente contrários a essa prática. Este trabalho apresenta uma revisão da literatura especializada com o objetivo de explorar esses novos posicionamentos. Mais especificamente, o trabalho explora as mudanças dos posicionamentos de algumas das principais associações da indústria de transporte marítimo, tais como International Chamber of Shipping, Baltic and International Maritime Council e International Group of Protection and Indemnity Clubs; do maior mercado de seguros marítimos do globo, a Lloyd’s of London; da Organização Marítima Internacional, agência especializada da Organização das Nações Unidas; e dos Estados de bandeira e costeiros, em relação à proteção armada de navios mercantes por EMSPs
    Resultados: ver aqui

    Quando a Polícia Militar vai à Escola: avaliação de impacto do programa Escola Segurança na cidade de Londrina. 
    Responsável: Rafael Gonçalves Roberto Rossato (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: Concluída (2019)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: Em maio de 2019 o governo do Estado do Paraná lançou o programa Escola Segura com o objetivo de promover a segurança da comunidade escolar. O programa consiste na contratação de policiais militares da reserva para atuar permanentemente nas escolas – dois policiais por escola, um para cada turno. Três locais foram escolhidos para participar do projeto piloto: a região metropolitana de Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina. O objetivo geral desta pesquisa é avaliar se o Escola Segura tem condições de aumentar a sensação de segurança e reduzir a violência presente em escolas da cidade de Londrina. Pretende-se contribuir para a discussão sobre a qualidade das políticas públicas de segurança formuladas e implementadas no Brasil, bem como para que a segurança nas escolas do Paraná seja promovida a partir de políticas públicas baseadas em evidências.

  • Uma análise sobre as relações de poder no campo da segurança: as interações entre vigilantes e policiais nas portas giratórias de agências bancárias.
    Responsável: Luan Carlos Nalin
    Orientação: Cleber da Silva Lopes
    Situação: concluída (2018-2019)
    Financiador: Fundação Araucária (bolsa de estudo)
    Descrição: O objetivo do trabalho é entender como se dão as interações entre os agentes que desempenham funções de segurança pública e os agentes que desempenham funções de segurança privada dentro de um contexto específico: as portas giratórias de agências bancárias. Partindo da noção de “campo” e “capital” de Pierre Bourdieu e “securitização de capital” proposta por Tessa Diphoorn e Erella Grassiani, serão realizadas entrevistas e analisados processos judiciais sobre conflitos entre seguranças e policiais nas portas giratórias de bancos de modo a entender as relações e disputas de poder presentes no campo da segurança.

    Polícia e mídia: Uma análise bibliográfica sobre a influência da polícia nas coberturas sobre segurança pública na mídia televisiva.
    Responsável: Carla Campos Avanzi (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2017-2018)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: A dinâmica das notícias muitas vezes traz intrinsecamente a visão unilateral do agente que fornece as informações. A relação de confiança entre o jornalista e o policial que fornece os dados da ocorrência se mostra cada vez mais estreita, alterando sobremaneira a forma como a notícia é veiculada, impulsionando a opinião pública para determinadas correntes de pensamento, e culminando em consequências sociais significativas. Entretanto, em que pese a bibliografia existente sobre a relação entre a mídia e o sistema criminal, ainda são poucas as pesquisas que analisam a influência da polícia sobre as coberturas midiáticas. Este estudo visa comparar os estudos internacionais e nacionais sobre o tema, analisando as bibliografias pertinentes afim de melhor identificar uma agenda de pesquisa e abrir caminhos de investigação dentro do contexto brasileiro.
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    Políticas Penitenciárias e Privatização: os processos de privatizações de estabelecimentos penais nos estados brasileiros
    Responsável: Mayara Yuri Morelato (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2017-2018)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: Superlotação, disputas entre facções criminosas, fugas, insalubridade nas celas, despreparo do staff e comércio clandestino são alguns dos problemas comuns ao sistema penitenciário brasileiro, constantemente alvos de denúncias internacionais de violação dos direitos humanos. Esta pesquisa de iniciação científica aborda a adoção de parcerias entre o Estado e a iniciativa privada para a administração de estabelecimentos penais. O objetivo do trabalho é pesquisar as condições sócio políticas nas quais a iniciativa privada começou a participar da gestão do sistema prisional brasileiro com o objetivo de descobrir se existe alguma relação entre privatização dos presídios, ideologia partidária e crise na gestão do sistema prisional. Quando se iniciou o processo de privatização nos Estados Brasileiros? Em quais gestões e com quais justificativas esse processo foi iniciado? Há alguma relação entre privatização e crise efetiva ou percebida no sistema prisional? Essas questões serão respondidas por meio de um levantamento de dados sobre o contexto político e as condições carcerários de todos os Estados Brasileiros, bem como um estudo de caso mais detalhado acerca do Estado do Paraná.
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    A atuação da Bancada da Bala na Câmara dos Deputados: o caso das tentativas de revogação do Estatuto do Desarmamento.
    Responsável: Graziele de Jesus Pestana (UEL
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2016-2017)
    Financiador: Fundação Araucária (bolsa de estudo)
    Descrição: Em 2012 foi apresentado pelo Deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC) o Projeto de Lei n. 3722/2012, que procura revogar o estatuto do desarmamento. O projeto representa um retrocesso nas políticas de segurança pública nacional e trouxe à tona a atuação do que vem sendo popularmente chamado de “bancada da bala”. Essa bancada seria formada por um conjunto de parlamentares conhecidos por seu posicionamento conservador e sua propensão em se relacionar com temas referentes à segurança pública. Este trabalho pretende avaliar a atuação desta suposta bancada no âmbito da 55° Legislatura da Câmara dos Deputados em relação à política brasileira de controle de armas. É possível falar na existência e atuação de uma bancada parlamentar informal que age de forma coesa para revogar ou descaracterizar o Estatuto do Desarmamento? Quais parlamentares e partidos compõem essa bancada? Quais são as suas propostas legislativas? Como seus membros atuam na defesa dessas propostas?  Quem os financia? O trabalho procurará responder a essas questões.
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    A opinião dos alunos de Direito, Serviço Social, Engenharia e Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina sobre punições ilegais a pichadores.
    Responsável: Amanda Vitoria Lopes Moreira Da Silva (UEL)
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2016-2017)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: A pichação é um fenômeno social presente nos contextos urbanos. O ato de pichar é bastante controverso, gerando fortes reações tanto do poder público quanto da sociedade. Para além do âmbito legal, a pichação tem gerado ações ilegais de repressão e justiçamento por parte de grupo de moradores, seguranças particulares e, inclusive, policiais. A partir de dados gerados por uma pesquisa de opinião pública realizada com 314 estudantes de Serviço Social, Direito, Engenharia, Arquitetura e Urbanismo da UEL em janeiro de 2016, este projeto tem por objetivo analisar a opinião dos alunos sobre ações de repressão a pichadores. Em que medida os estudantes apoiam ações ilegais de pichadores? O que explicaria esse apoio? O trabalho procura responder essas questões e testar três hipóteses: (1) estudantes com formação mais humanística (Direito e Serviço Social) apoiam menos as punições do que aqueles de formação menos humanística e que atuam diretamente na organização do espaço urbano (Engenharia e Arquitetura e Urbanismo); (2) estudantes que já foram vítimas de pichação ou que têm parentes próximos que já foram vítimas de tais atos apoiam mais as punições ilegais do que as demais pessoas; e (3) homens apoiam mais as punições ilegais a pichadores do que mulheres.
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    O Controle da Segurança Privada pelo Poder Judiciário: um estudo sobre a atuação do TJPR e TJSP por meio de processos cíveis
    Responsável: Gabriel Antonio Cabeça Patriarca
    Orientação: Cleber da Silva Lopes (UEL)
    Situação: concluída (2015-2016)
    Financiador: sem financiamento
    Descrição: Este trabalho apresenta um estudo empírico sobre o controle realizado pelas varas cíveis do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) e do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) sobre empresas de segurança privada. Por meio da análise quantitativa de uma amostra de acórdãos coletados nos repositórios online desses Tribunais, foram abordadas questões como a predominância de condenações cíveis; o valor das indenizações; a relação entre as decisões de primeira e segunda instância; o tempo decorrido entre o fato que gerou a abertura do processo judicial e o julgamento em segunda instância; e a formação e utilização de jurisprudência sobre o tema. Os principais resultados indicam que os tribunais não são relutantes em condenar civilmente empresas cujos seguranças foram acusados de desvios e, portanto, atuam efetivamente como um mecanismo de responsabilização do setor. Apesar desses achados, o trabalho questiona o quão processos judiciais são capazes de alterar a conduta dos seguranças na ponta e, por conseguinte, capazes de produzir controle sobre o setor de segurança privada.
    Resultados: ver aqui

    O policiamento da vida noturna: como bares e casas noturnas veem e tratam o consumo de drogas ilícitas em seus estabelecimentos.
    Responsável: Luiz Fernando Ferreira Paz
    Orientação: Cleber da Silva Lopes
    Situação: Concluída (2019-2020)
    Financiador: CNPq (bolsa de estudo)
    Descrição: As pesquisas sobre a governança dos mercados de drogas ilícitas estão concentradas basicamente em analisar o papel de atores estatais nesse processo. O modo como atores não estatais tais como proprietários, porteiros e seguranças de espaços de entretenimento adulto participam da governança dos mercados de drogas ilícitas tem sido praticamente ignorado pela literatura. O objetivo deste trabalho é investigar o modo como bares e casas noturnas do centro de Londrina governam o consumo de drogas ilícitas em seu interior. A partir da perspectiva teórica da governança nodal, o trabalho busca saber quais mentalidades, tecnologias, instituições e práticas estão presentes no interior dos bares e casas noturnas de Londrina e como elas orientam o modo como esses espaços veem e tratam usuários de drogas ilícitas.